O modelo mais tradicional e longevo da história do motociclismo mundial, a Sportster é um caso de sucesso estudado por especialistas na área de marketing do mundo inteiro. É de longe o modelo de motocicleta que está há mais tempo está em construção no mundo.
Numa época em que a juventude buscava descobrir sua liberdade, cresceu o entusiasmo pelo esporte motorizado e as corridas de motovelocidade. A Sportster surgiu em 1957, em substituição ao modelo K, para atender a esta demanda. Ela começou a ser fabricada com 55 polegadas cúbicas, o que corresponde a cerca de 901cc. Para a época, uma motorização considerável para motocicletas. O motor era bastante rústico, mas a Harley havia desenvolvido este motor para andar rápido e não para ser manso. Além de esportiva, tinha excelente torque.
A intenção da Harley-Davidson era bater de frente com os modelos de corrida produzidos pela concorrente Triumph nas pistas de corrida. O chassi era extremamente moderno para 1957, pesando pouco mais que 200 kg, o que para a época e especialmente para a Harley-Davidson, significava uma construção extremamente leve. O chassi e o sistema de freios eram um tanto sobrecarregados com o motos de 55 hp, mas isto não incomodava os compradores, predominantemente jovens esportistas.
A Harley juntou motor e câmbio em um único bloco, o que se mostrou válido e permitiu uma firmeza adicional ao quadro, além de uma forma de construção muito compacta, que é mantida até hoje.
Como o motor era parafusado diretamente no quadro, as suas vibrações passavam para o condutor, mas isto era considerado pelos seus usuários como uma característica particular do modelo e ajudou a transformá-la em mito.
Na história da Sportster surgiram repetidamente modelos esportivos que nas pistas eram muito bem sucedidos. A lendária XR 750 é um exemplo. O modelo dominou as corridas em pistas planas e de terra até o início dos anos 1990.
A XR 1000, derivada das pistas de corridas, com dois carburadores bem grandes e uma potência de 80 hp, também testemunhou a ambição da divisão de desenvolvimento de abrir um novo mercado com a Sporty.
Mesmo pilotos de stunt como Evel Knievel se familiarizaram com a moto esportiva de Milwalkee, com a qual ele realizou inúmeros shows e, naturalmente, também registrou diversos recordes. Em 1958, um ano após o surgimento do modelo XL, Jack Heller bateu com uma Sportster o recorde de velocidade para 134,8 milhas por hora.
Recém alçado à fama, o músico Elvis Presley escolhe uma KH Pepper Red para sua primeira Harley V-Twin e foi fotografado montado sobre ela na capa da revista The Enthusiast.
A série XL estourou nos concessionários americanos em 1957. A XL foi considerada por ocasião de seu lançamento uma motocicleta hot rod e a primeira muscle bike americana, e hoje continua a ser a máquina mais popular de sua categoria.
O motor XL foi construído com 55 Polegadas cúbicas ou 901 centímetros cúbicos. Inicialmente era o mesmo que equipava o Modelo K, convertido para um motor do tipo válvulas sobre o cabeçote. Tinha um grande pistão de 3 polegadas (em comparação com as 2,75 polegadas para a K). A maior largura do pistão exigiam maiores válvulas. Os pistões mais curtos significava maior rpm. Ambas alterações aumentaram a potência do motor.
Com nova estrutura de ferro fundido, cabeçotes e novos comandos de válvula, a Sportster estava bem equipada e os showrooms e vendedores dos concessionários prontos para assessorar os compradores com os opcionais disponíveis como o banco duplo (ele vinha originalmente com um banco solo), um amplo sortimento de acessórios cromados, churrasqueira para bagagens, pára-brisas e alforjes.
A Sportster foi tão impressionante como era de se esperar, vencedora nas estradas e nas ruas. Como resultado do variado número de modelos e acessórios, diz-se que duas Sportsters nunca são iguais como quando saem da fábrica.
Mesmo com o retumbante sucesso obtido com o lançamento da Sportster XL 883, a Harley-Davidson não abandonou a produção do Modelo K, que continuou tendo grande sucesso nas pistas de corrida através do modelo KR.
1958 foi o ano da introdução da marca "Peanut" no tanque de gasolina e também do escape de duplo escalonamento. Neste ano, a Harley-Davidson disponibilizou a Sportster XLH com opcional de um motor com maior taxa de compressão. Também em 1958 outra motocicleta no catálogo é a XLC, que era mais baixa e a Sportster direcionada para passeios. Também foi lançada pela Harley-Davidson a Sportster XLCH. O CH é abreviação de "Competition Hot", e é uma versão despida da original XL.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Sobre a Sportster
Questão de paixão, não anda, não freia e não faz curvas: isso é o que mais se houve sobre uma motocicleta norte-americana. Mas não é verdade: rodar com a Sportster é um prazer indescritível.
As motocicletas norte-americanas sempre tiveram fama de duronas, devido à sua construção espartana e a um comportamento dinâmico pouco favorável. Muitas vibrações, motor difícil de subir de giro e ciclística antiquada sempre foram seus atributos, inclusive com freios e suspensão nem sempre à altura. Enfim, uma lista de críticas sempre associadas as motocicletas norte-americanas. Mas a verdade é que, mesmo com algumas dessas características realmente ocorrendo, pilotar uma motocicleta norte-americana oferece sensações que, depois de experimentadas, são difíceis de descrever.
O motor é uma das mais marcantes características dessas motos. Ele é antiquado, mas principalmente devido à vontade dos amantes da marca do que por outro motivo: estes não comprariam uma motocicleta norte-americana com motor refrigerado a água, cabeçote de quatro ou cinco válvulas ou outra inovação muito comum a qualquer outro modelo.
O legendário V2 é um motor muito simples, sem qualquer característica mecânica notável, a não ser a sensação de poder que emana. O torque de 6,2 Kgm pode não parecer muita coisa, mas o fato de surgir a apenas 2500 rpm já diz tudo. As respostas em baixos regimes é total, não sendo, no entanto, aconselhável levar a rotação além de seu baixo limite, sob o risco de verem flutuar as válvulas.
O câmbio duro e lento não é o mais adequado a troca de marcha muito constante, mas o grande lance é aproveitar todo o torque que as baixas rotações oferecem. Não adianta buscar potência em rotações mais elevadas, mesmo porque elas não existem. Anda pouco? Não é o caso. Ela não tem o desempenho de uma 900 cm3 japonesa, mas , olha,... esta motocicleta norte-americana Sportster chegou bem perto dos 180 Km/h.
Não é esse o encanto de uma motocicleta norte-americana. Além de aura mágica da marca, o visual conta muito. Há quem despreze totalmente qualquer superesportiva parada ao seu lado, para admirar a profusão de cromados que a motocicletas norte-americanas apresenta.
A convivência com uma moto desta marca é recheada de novas experiências. Para quem esteja habituado a suaves e descaracterizadas motocicletas japonesas, torna-se complicado o primeiro contato com uma motocicletas norte-americanas. É necessário apagar tudo o que se conhece de pilotagem de motos, e se preparar para novos conhecimentos.
A rudeza está presente em quase todos os comandos, o que faz parte do charme das motocicletas norte-americanas. Os punhos são bastante grosseiros e com manetes brutais. Acionar qualquer um deles, freio ou embreagem, requer mentalização e localização da força nas mãos.. O câmbio é duro e o trambulador tem um curso muito grande, obrigando a um movimento extra do pé esquerdo, juntamente com a perna.
Frenagem é um dos capítulos onde se deve reaprender muita coisa. Ao contrário de uma moto comum, o freio traseiro da motocicleta norte-americana serve mesmo para frear, não apenas para complementar a ação do dianteiro. O pedal é duro e o ato de frear tem que ser longamente pensado e iniciado bastante antes, ajudando sempre com o potente efeito do freio-motor.
Mas mesmo com todos esses atributos, a Sportster mostrou-se surpreendentemente eficaz em curvas, logicamente tomando como base este tipo de motocicletas. Não há grandes deficiências nesse ponto, e em curvas ela se mantém sem problemas em boa velocidade e inclinação. O grau de inclinação é um dos dados curiosos que contam na ficha técnica da Sportster: 40º para a direita e apenas 36° para a esquerda. muito cuidado, então deve ser tomado em curvas, pensando sempre que pode-se ficar mais a vontade justamente virando para o lado que existe o escapamento. É, esses americanos são mesmo estranhos....
Mais estranho ainda é encontrar na motocicleta norte-americana inovações que algumas sofisticadas motos sempre se orgulharam de ter. Um deles é o velocímetro espetado no meio do guidão: um moderno equipamento eletrônico. O sistema de comando dos piscas é outra surpresa. um botão de cada lado do guidão pode ser comandado através dos polegares, o esquerdo para virar a esquerda e o direito para virar a direita. Simples e instintivo. Para desligar basta apertar novamente o botão, e se isso for esquecido, não faz mal, pois eles desligam-se automaticamente depois de alguns segundos. Seria muita modernidade?
As motocicletas norte-americanas sempre tiveram fama de duronas, devido à sua construção espartana e a um comportamento dinâmico pouco favorável. Muitas vibrações, motor difícil de subir de giro e ciclística antiquada sempre foram seus atributos, inclusive com freios e suspensão nem sempre à altura. Enfim, uma lista de críticas sempre associadas as motocicletas norte-americanas. Mas a verdade é que, mesmo com algumas dessas características realmente ocorrendo, pilotar uma motocicleta norte-americana oferece sensações que, depois de experimentadas, são difíceis de descrever.
O motor é uma das mais marcantes características dessas motos. Ele é antiquado, mas principalmente devido à vontade dos amantes da marca do que por outro motivo: estes não comprariam uma motocicleta norte-americana com motor refrigerado a água, cabeçote de quatro ou cinco válvulas ou outra inovação muito comum a qualquer outro modelo.
O legendário V2 é um motor muito simples, sem qualquer característica mecânica notável, a não ser a sensação de poder que emana. O torque de 6,2 Kgm pode não parecer muita coisa, mas o fato de surgir a apenas 2500 rpm já diz tudo. As respostas em baixos regimes é total, não sendo, no entanto, aconselhável levar a rotação além de seu baixo limite, sob o risco de verem flutuar as válvulas.
O câmbio duro e lento não é o mais adequado a troca de marcha muito constante, mas o grande lance é aproveitar todo o torque que as baixas rotações oferecem. Não adianta buscar potência em rotações mais elevadas, mesmo porque elas não existem. Anda pouco? Não é o caso. Ela não tem o desempenho de uma 900 cm3 japonesa, mas , olha,... esta motocicleta norte-americana Sportster chegou bem perto dos 180 Km/h.
Não é esse o encanto de uma motocicleta norte-americana. Além de aura mágica da marca, o visual conta muito. Há quem despreze totalmente qualquer superesportiva parada ao seu lado, para admirar a profusão de cromados que a motocicletas norte-americanas apresenta.
A convivência com uma moto desta marca é recheada de novas experiências. Para quem esteja habituado a suaves e descaracterizadas motocicletas japonesas, torna-se complicado o primeiro contato com uma motocicletas norte-americanas. É necessário apagar tudo o que se conhece de pilotagem de motos, e se preparar para novos conhecimentos.
A rudeza está presente em quase todos os comandos, o que faz parte do charme das motocicletas norte-americanas. Os punhos são bastante grosseiros e com manetes brutais. Acionar qualquer um deles, freio ou embreagem, requer mentalização e localização da força nas mãos.. O câmbio é duro e o trambulador tem um curso muito grande, obrigando a um movimento extra do pé esquerdo, juntamente com a perna.
Frenagem é um dos capítulos onde se deve reaprender muita coisa. Ao contrário de uma moto comum, o freio traseiro da motocicleta norte-americana serve mesmo para frear, não apenas para complementar a ação do dianteiro. O pedal é duro e o ato de frear tem que ser longamente pensado e iniciado bastante antes, ajudando sempre com o potente efeito do freio-motor.
Mas mesmo com todos esses atributos, a Sportster mostrou-se surpreendentemente eficaz em curvas, logicamente tomando como base este tipo de motocicletas. Não há grandes deficiências nesse ponto, e em curvas ela se mantém sem problemas em boa velocidade e inclinação. O grau de inclinação é um dos dados curiosos que contam na ficha técnica da Sportster: 40º para a direita e apenas 36° para a esquerda. muito cuidado, então deve ser tomado em curvas, pensando sempre que pode-se ficar mais a vontade justamente virando para o lado que existe o escapamento. É, esses americanos são mesmo estranhos....
Mais estranho ainda é encontrar na motocicleta norte-americana inovações que algumas sofisticadas motos sempre se orgulharam de ter. Um deles é o velocímetro espetado no meio do guidão: um moderno equipamento eletrônico. O sistema de comando dos piscas é outra surpresa. um botão de cada lado do guidão pode ser comandado através dos polegares, o esquerdo para virar a esquerda e o direito para virar a direita. Simples e instintivo. Para desligar basta apertar novamente o botão, e se isso for esquecido, não faz mal, pois eles desligam-se automaticamente depois de alguns segundos. Seria muita modernidade?
terça-feira, 19 de outubro de 2010
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